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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Graciliano Ramos

Em 1892 , no estado de Alagoas nasceu o escritor Graciliano Ramos, que se tornou um dos principais romancistas da geração de 1930.Em 1933 retornou a Maceió para ocupar o cargo de diretor da Instituição Pública de Alagoas, conheceu então Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Jorge Amado. Em 1936, sob a acusação de ser subversivo, foi preso pela ditadura Vargas, sofrendo inumeras humilhações, essas experiências foram reveladas em sua obra “Memórias do Cárcere”.Foi liberto em 1945 e mudou-se para o Rio de Janeiro e consagrou-se como um dos maiores romancistas brasileiros, sendo considerado por muitos um possível sucessor de Machado de Assis. Em 1953 faleceu vitima de câncer .

Graciliano Ramos assim como tantos outros, foi vítima dos mandos e desmandos ditatoriais que assolaram o país naquela época, então através do seu romance "Vidas Secas" , o autor descreveu sua indignação diante da miséria que vivia o povo nordestino, ele escreveu também as obras "São Bernardo" ,"Caetés"," Angústia"," Infância ", "Insônia" e "Viagem".

 "É fácil se livrar das responsabilidades.Difícil é escapar das consequências por ter se livrado delas" (Graciliano Ramos)



domingo, 11 de setembro de 2011

Fernando Pessoa

"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?"
 Fernando Pessoa
     O texto acima foi escrito por um dos maiores poetas da história Portuguesa, que, juntamente com Luís Vaz de Camões é apontado como um dos escritores mais importantes  na culturanascido em Lisboa. É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal.Morreu em 30 de novembro de 1935 em Londres, aos 47 anos, vítima de uma cirrose hepática. Sua última frase foi escrita em Inglês:''Eu não sei o que o amanhã trará ...'' . Fernando Pessoa aprendeu Inglês quando se mudou para a África do Sul há seis anos por causa do casamento de sua mãe. Ao longo da vida Fernando Pessoa trabalhou em diversas áreas, tais como: editor, gerente, crítico literário, ativista político, tradutor, jornalista, inventor, publicitário e publicidade, enquanto que produziu sua obra literária, atuou como correspondente em muitas empresas comerciais.Obras publicadas: 35 sonetos em 1918 (em Inglês) Poemas Inglês Poemsl-ll e lll Inglês em 1922 (em Inglês), Mensagem em 1934 (Português), o trabalho premiado pelo "Secretário Nacional de Propaganda" no poema categoria, Ointerregno em 1928 (Português), um livro que consiste de uma defesa da Ditadura Militar em Portugal.Fernando Pessoa seguiu a religião gnóstica cristã e, portanto, contra todas as igrejas organizadas na Igreja Católica principal.

"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso." Fernando Pessoa

domingo, 19 de junho de 2011

José Oswald de Sousa de Andrade Nogueira

José Oswald de Sousa Andrade nasceu em 1890, em São Paulo.Ao completar 22 anos viajou para a Europa, onde teve contato com os primeiros movimentos de vanguardas, do quais só utilizou em seus textos dez anos depois.Nenhum outro escritor Modernista ficou mais conhecido por sua irreverencia do que Oswald de Andrade. Sua atuação intelectual é considerada fundamental na cultura brasileira do início do século. A obra literária de Oswald apresenta claramente todas as características do Modernismo em sua primeira fase.
 Em Pau-Brasil, o autor põe em prática as propostas do manifesto que possuí o mesmo nome. Na primeira parte deste livro que chama "História do Brasil", Oswald recupera os documentos da nossa literatura de informação, dando um vigor poético surpreendente.Na segunda parte de Pau-Brasil - "Poemas da colonização" -, o escritor revê alguns momentos de nossa época colonial.  No Pau-Brasil há ainda a descrição da paisagem brasileira, de cenas do cotidiano, além de poemas metalingüísticos.

Em 1928 foi publicado o primeiro exemplar da revista de Antropofagia, o qual constitui alguns pensamentos do autor sobre o modernismo brasileiro, o desejo de criar uma língua brasileira se manifestaria em sua obra, principalmente, por um vocabulário popular, explorando certos "desvios" do falante brasileiro (como sordado, mio, mió), intentando o "erro criativo". Este sonho somente se pareceria concretizar posteriormente, no entanto, na prosa de Guimarães Rosa e na poesia de Manoel de Barros.A antropofagia segundo Oswald é uma inversão do mito do bom selvagem de Rousseau, que era puro, inocente,edênico. O índio passa a ser mau e esperto, porque canibaliza o estrangeiro, digere-o, torna-o parte da sua carne. Assim o Brasil seria um país canibal. O que é um ponto de vista interessante porque subverte a relação colonizador - ativo/colonizado - passivo. O colonizado digere o colonizador. Ou seja, não é a cultura ocidental, portuguesa, européia, branca, que ocupa o Brasil, mas é o índio que digere tudo o que lhe chega. E ao digerir e absorver as qualidades dos estrangeiros fica melhor, mais forte e torna-se brasileiro.
As ideias de Oswald de Andrade influenciaram também diversas áreas da criação artística: na música, o tropicalismo; na poesia, o movimento dos concretistas; e no teatro, grupos como Teatro Oficina e Antropofagia têm sua trajetória ligada ao poeta.em 22 de outubro de 1954, falece de morte natural em sua casa.

domingo, 10 de abril de 2011

Pré-Modernismo - Euclides da Cunha

 O Pré-Modernismo não chegou a constituir um movimento literário, ele é considerado uma fase de transição entre o Simbolismo e o Modernismo. A coexistência do tradicionalismo agrário, representado pela oligarquia dominante, com novos estratos sociais urbanos, a burguesia industrial inicipiente em São Paulo Rio de Janeiro, os profissionais liberais, os imigrantes, os operários e o subproletariado, além do exército, que desde a proclamação da República exerceu papel muito importante.Desse quadro social emergem ideologias conflitantes , a diversidade regional fez com que os movimentos da época exprimissem níveis de consciência muito destintos.
  Os principais escritores Pré-Modernistas são :

  •  Euclides da Cunha ( Os Sertões; À Margem da História; Peru Versus Bolívia; Contrastes e Confrontos; e outros ).
  •  Lima Barreto ( Recordações do Escrivão Isaías; Triste Fim de Policarpo Quaresma; Numa e Ninfa; e outros ).
  •  Monteiro Lobato ( Urupês; Ideias de Jeca Tatu; A Barca de Gleyre; O Mundo da Lua; O Presidente Negro; e outros ).
  •  Graça Aranha ( Canaã; A Viagem Maravilhosa; O Espírito Moderno; e outros ).
  • Augusto dos Anjos ( Eu - reeditado em 1919 sob o título Eu e Outras Poesias- ).


                                                           Euclides da Cunha
Euclides da Cunha nasceu em 1866 no Rio de Janeiro, estou em escolas militares e fez curso de Engenharia, durante sua adolescência mostrou grande interesse por ciências naturais e filosofia. Viveu durante algum tempo em São Paulo e em 1997, quando trabalhava no jornal O Estado de São Paulo, foi enviado para a Bahia, para cobrir como correspondente, a guerra de Canudos.Por ser um ex-militar, Euclides pode informar os acontecimentos da guerra com exatidão.
Fragmento de uma das cartas de Euclides da Cunha, que eram transmitidas por telégrafo, para o jornal O Estado de São Paulo . 
  Conforme as cartas de Euclides chegavam, elas já eram colocadas nas páginas do jornal O Estado de São Paulo, assim permitiam que o sul do país acompanhasse a guerra. Cinco anos após esses acontecimentos, Euclides lançou o livro Os Sertões, onde narra e analisa os fatos acontecidos na guerra de Canudos, baseando-se nos seus conhecimentos militares e em suas teorias científicas da época.Euclides escreveu também tratados, cartas e artigos, relacionados ao país, às suas características regionais, geográficas e culturais.


 Em 15 de agosto de 1909, depois de uma troca de tiros com o aspirante Dinorá e seu irmão, o cadete Dilermando de Assis. Em 1916, o segundo-tenente Dilermando de Assis, que havia sido absolvido da morte do biografado (legítima defesa), mata em um cartório de órfãos no centro do Rio, o aspirante naval Euclides da Cunha Filho, o Quidinho, que tentou vingar a morte do pai. Dilermando é novamente absolvido, pelo mesmo veredicto.
 Para quem se interessar sobre as publicações de Euclides no jornal O Estado de São Paulo, vale a pena conferir o espaço, que o site do próprio jornal criou em homenagem ao centenário da morte do escritor, vou deixar o link para vocês, aproveitem! 
http://www.estadao.com.br/especiais/euclides-da-cunha-nas-paginas-do-estadao,55175.htm