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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Dilma Rousseff


A primeira mulher a presidir o Brasil subiu a rampa e tomou posse em 1° de janeiro de 2011. Eleita no 2° turno nas eleições presidenciais de 2010, aos 63 anos Dilma recebe um país com menor desigualdade e com maior importância no cenário internacional. Um dos primeiros desafios da nova presidente foi enfrentar uma das maiores catástrofes ambientais da história do país que causou a destruição de várias cidades da serra fluminense e deixou centenas de mortos. Com isso, não foi à toa que a erradicação da pobreza entrou como primeiro objetivo do novo governo, firmado no dia da posse. A nova governante reformulou a mesma ênfase no combate à miséria que havia marcado o discurso de posse no primeiro mandato de Lula, seu antecessor.
Nascida em uma família de classe média alta em Belo Horizonte - MG, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o golpe militar de 1964. Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada conta o regime militar, como a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares - também conhecida como VAR-Palmares - e como o Comando de Libertação Nacional - também conhecido como COLINA - . Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, inicialmente na Operação Bandeirante, onde teria passado por sessões de tortura, e,posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social. Em 2009 foi incluída entre os brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época. No ano seguinte, a revista Forbes classificou-a como a 16° pessoa mais poderosa do mundo. Este ano já estava incluida na lista das 100 personalidades mais influentes do planeta pela revista Time, como a terceira mulher mais poderosa do planeta e 22° pessoa mais poderosa do mundo pela Forbes. Ainda, recebeu o Woodrow Wilson Award, dedicados a líderes de governos dispostos a melhorar a qualidade de vida de seu país de seu país e ao redor do mundo.Dilma Rousseff foi a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral da ONU em 2011, realizada em Nova Iorque.


Discurso da presidenta Dilma Rousseff na abertura da Assembléia - Geral da ONU .

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sustentabilidade


A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro. É um assunto que esta em alta, é muito conhecido atualmente, mas que vem de muito tempo atrás. Nos dicionários é definida como capacidade de ser sustentável.
Entende-se que sustentabilidade é a capacidade de um indivíduo, um grupo ou empresas em geral; têm de manterem -se inseridos em um determinado ambiente sem impactar violentamente esse meio.Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humana, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiencia na manutenção indefinida desses ideais. Assim, pode-se entender como a capacidade de usar os recursos naturais e, de alguma forma, devolvê-los ao planeta através de práticas ou técnicas desenvolvidas para este fim.
Desta forma, pode-se dizer que um empreendimento sustentável, ele devolve ao meio ambiente todo ou parte dos recursos que processou e garante uma boa qualidade de vida as populações que nele atuam ou que vivam nas imediações ou na rea afetada pelo projeto. Garantindo assim, uma longa vitalidade e um baixo impacto naquela região durante gerações. Muito além das definições, o ideal de sustentabilidade total, onde toda a influencia provocada, por um agrupamento humano ou em empreendimentos; é anulado através dos procedimentos adotados ainda é muito difícil. Mesmo assim, é importante ter em mente que adotar as práticas que transformem nossa presença em determinado lugar o mais sustevtável possível é a unica saída para determos a degradação ambiental que estamos experimentando nos últimos anos e as graves alterações climáticas que vemos causar grandes desastres em diversas partes do planeta.
É muito importante saber que a adoção de prática sustentáveis na vida de cada indivíduo é um favor decisivo para possibilitar a sobrevivência da raça humana ea continuidade dos recursos naturais. Ações aparentemente simples e de pouco impacto, quando tomadas por um grande número de pessoas, tornará a sustentabilidade um realidade palpável e real em qualquer parte onde haja a presença humana e garantirá a sobrevivência de nossa espécie por muito tempo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Aroldo de Azevedo





Aroldo de Azevedo
Aroldo de Azevedo nasceu em 03 de Março de 1910, na cidade de Lorena, e faleceu dia 04 de outubro em São Paulo no ano 1974.

Ele se formou em direito, mas não exerceu a profissão, partiu para a geografia. Foi Deputado federal e Senador para São Paulo, quando presidente da Câmara dos deputados por oito anos foi ele quem fez construir o Palácio Tiradentes. Iniciou sua carreira de geógrafo pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (USP), também foi o primeiro professor de geografia naquela universidade.
Como primeiro grande autor de livros didáticos de Geografia do Brasil, marcou seu ensino dessa disciplina por varias gerações de estudantes com mais de trinta títulos publicados.
É autor do primeiro mapa e de uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, e ainda hoje são usadas nos livros escolares.
Em suas obras temos:

Subúrbios orientais de São Paulo (1945)
Regiões e paisagens do Brasil (1952)
Vilas e cidades do Brasil colonial (1956)
Panorama da produção agropecuária brasileira (1960)
Cochranes do Brasil (1965)
O mundo antigo (1965).

E em obras Didáticas:
As Regiões Brasileiras (1964)
O Mundo em que Vivemos
Terra Brasileira
Os Continentes
Geografia Física
Geografia Regional
Geografia Humana do Brasil
Leituras Geográficas
Monografias Regionais.

domingo, 10 de abril de 2011

Milton Santos

 Diferenças Fundamentais entre tradicional e nova Hierarquia urbana.
Na concepção Tradicional de hierarquia urbana, baseada na noção de hierarquia militar era muito rígido e fechado. Assim as, relações dentro da rede urbana seguiam uma hierarquia crescente: Vila, cidade, local, centro-regional, metrópole-regional, metrópole-nacional e metrópole-mundial. Na nova noção de hierarquia urbana, em função dos avanços tecnológicos nos transportes e nas comunicações rompe-se com essa hierarquia rígida. Desse modo a vila ou a cidade local podem relacionar-se diretamente da metrópole regional ou nacional.
 Ainda nos anos 60, incansável e crítico, Milton Santos embrenhou-se na política, numa tentativa audaz de transformar a realidade social que transparecia nos estudos geográficos produzidos na UFBA. Convidado pelo Presidente da República Jânio Quadros — a quem havia conhecido durante a cobertura para A Tarde da viagem presidencial à Cuba — o já conhecido professor, jornalista e geógrafo, tornou-se também representante da Casa Civil de Jânio na Bahia e, em 1964, presidente da Comissão Estadual de Planejamento Econômico (CPE) no governo estadual de Lomanto Júnior. Com a renúncia de Jânio, identificado com a corrente renovadora do planejamento e tendo desafiado interesses tradicionais, Santos foi alvo do primeiro movimento de repressão a intelectuais da Bahia. Entre as propostas de "intervenção urbana" que teriam "desagradado ao regime" estava a criação de um imposto sobre a fortuna, em discussão na CPE. A viagem à Cuba e os artigos sobre a revolução cubana também devem ter contribuído para que seu nome integrasse os arquivos do Exército. Demitido do cargo de professor da UFBA, obtido por concurso, passou 90 dias preso no quartel do Cabula, em Salvador, só saindo de lá por causa de um pré-infarto e de um derrame facial que o levaram ao hospital. Sem alternativa e tendo um convite de colegas franceses, deixou a Bahia em dezembro de 1964.

  Milton Santos nasceu no município baiano de Brotas de Macaúbas em 3 de maio de 1926, passou por varias cidades baianas quando criança, por exemplo Ubaituba, Alcobaça e Salvador, aprendeu a falar Frances e aprendeu álgebra . Alfabetizado pelos seus avos maternos (professores primários em Alcobaça) Instituto Baiano de Ensino era onde estudava e dava aulas de matemática aos seus 13 anos de idade. Aos 15 lecionou Geografia e aos 18 prestou vestibular para Direito em Salvador ainda assim marcou presença na militância politica de esquerda e não deixou de se interessar pela Geografia, por mais que formado em Direito fez concurso para professor catodratico no colégio Municipal de Ilhéus. Além do magistério desenvolveu atividades jornalísticas diminuindo suas amizades com políticos de esquerda. Escreveu o livro nesta época “ZONA do CACAU”. Tratando daquela monocultura na região. Ainda em Ilhéus, conheceu Jandira Rocha, com quem se casou e teria um filho, Milton Filho, retornou para Salvador, e se formou professor na faculdade Católica de Filosofia e editorialista do "A Tarde" e publicou mais de uma centena de artigos de geografia. Em 1956, foi convidado pelo professor Jean Tricart aso concluir seu doutorado em Estrasburgo (França). Tendo viajado pela Europa e pela África, publicou em 1960 o estudo "Mariana em Preto e Branco". Depois do doutorado (com a tese "O Centro da Cidade de Salvador"),voltou para o Brasil. Novamente professor da Católica de Filosofia, criou um ambiente intelectual dinâmico, que atraiu dezenas de estudiosos estrangeiros para darem conferências e
cursos. 
 No final dos anos 1950, Milton participou de um concurso (que acabou não se realizando) para livre-docente na Universidade Federal da Bahia. Após ter recorrido à Justiça, conseguiu prestar o exame, defendendo brilhantemente a tese "Os Estudos Regionais e o Futuro da Geografia", na época, Milton Santos foi um dos fundadores do Laboratório de Geomorfologia e Estudos Regionais da Universidade da Bahia, que demonstraria grande vitalidade na promoção dos estudos da área. 
Com o golpe militar de 1964, Milton Santos foi preso e depois exilado. Convidado a lecionar na Universidade de Toulouse (França), ficou ali três anos. Seguiu então para Bordeaux (França), onde conheceu Marie-Hélène, a geógrafa que se tornaria sua companheira e com quem teria o filho Rafael. A década de 1970 foi um período intelectualmente bastante fértil para Milton Santos, que estudou e trabalhou em universidades no Peru, na Venezuela e nos EUA. Nesse último país, entre 1975 e 1976, foi pesquisador no Massachusetts Institute of Technology (MIT). 

  Em 1977, retornou para o Brasil, trazendo já completa a obra "Por uma Geografia Nova". Começou então um período difícil. Atuou como consultor e professor assistente e realizou trabalhos esporádicos até que, em 1984, conseguiu o posto de professor titular na Universidade de São Paulo (USP). 
Em 1994, recebeu o Prêmio Vautrim Lud, considerado "o Nobel da geografia". Continuou trabalhando ativamente até o fim da vida e foi agraciado com inúmeras honrarias, títulos e medalhas. Milton Santos morreu aos 75 anos, legando obras e atividades que foram um marco nos estudos geográficos no Brasil.